Quando os olhos avistaram a cintilante imagem construída em homenagem ao grandioso deus, ele rapidamente ficou eufórico e mal pode conter a animação. Quase se engasgou em seu rouco entusiasmo. Ouviu então aquela velha voz que o persegue desde sempre dizendo:
- Minha nossa! Vocês ouviram esse barulho? Foi meu estômago roncando. Galera, vamos parar ali no Mc Donald’s!
Então o corpo de academia adentrou o oásis vermelho e amarelo. Era o antro da gordura trans, do sódio e das calorias em meio ao mundo insípido das dietas e dos exercícios, que impunham preconceitos no mundo lá fora.
“Enfim, comida da mais cruel e saborosa espécie!”, disse a língua aos demais órgãos quase desaparecida em meio a tanta saliva. Os olhos dançavam dentro do globo com um brilho infantil diante das imagens meramente ilustrativas.
O moleque miúdo, forçosamente sorridente, do outro lado do balcão tirava os pedidos. O estômago apressado...
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